SÓ UMA IMAGEM
Por: ALEXANDER DE SOUZA ( Funcionário do CIEP Brizolão 121-Marambaia-São Gonçalo)
Entre as paredes cercada, acuada;forte
Minha solidão torna-se parte
De algo que já foi um todo
Despedaçado, finjo não pensar.
E sem pensar, escrevo.
Pois, se escrever, não lembro
E, se não lembrar, a saudade se aliviará,
E então, poderei escrever
Mas, sem querer, me pego a pensar.
E a recolher os fragmentos de recordações,
De quando pude enxergar e não vi
De quando pude construir, mas destruí
De quando pude avançar e hesitei.
E tive chance de acertar,
Mas eu errei.
Eu, que pude ter, mas não tentei.
Quis o sucesso e fracassei.
Em minha boca secou-se um "não".
E a audição encontrou um "adeus".
Porque vi você e não abracei.
Você falou tão sério e eu brinquei!
E perdi a razão das coisas.
E as coisas não foram mais as mesmas
Meu amor... Eu nem fui quem você queria:
Apenas eu mesmo
Hoje, sou apenas a imagem
De um homem que não soube amar.
Entre as paredes, cercado, acuado, fraco.
Caído do alto do meu orgulho,
Apenas escrevo, amor.
Escrevo pra acalmar a saudade.
Apenas decifro códigos
Que corromperam minha sanidade.
Quero assim, talvez,
Esquecer do que não posso.
Falar do que me cala,
Sorrir do que me magoou.
Tentando achar o que perdi
Agora que já é tarde demais...
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