domingo, 25 de setembro de 2011

NA APRENDIZAGEM: GABRIELA DIAS - ANA HATHERLY : A IDADE DA ESCRITA

ANA HATHERLY- PORTUGAL
NO GLOSSÁRIO: 

                      A IDADE DA ESCRITA



ANA HARTHERLY   


 

    PARAFRASEANDO SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ E SÓROR VIOLANTE DO CÉU   




Procura dismentir los elogios que a un retrato de la Poetisa escribió la verdad que llama pasión



   Este, que ves, engaño colorido
que del arte ostentando los primeros
con falsos silogismos de colares
es cauteloso engaño del sentido;


Este, en quién la lisonja ha pretendido
excusar de los años los horrores,
y vencendo del tiempo lo rigores
triunfo de la vejez y del olvido


Es un a vano artificio del cuidado
Es una flor al viento delicada
Es un resguardo inútil para el hardo
Es una necia deliquencia errada]Es un afán caduco y bien mirado
Es cadáver esl polvo, es combra  es nada


   Sor Juana Inés de La Cruz, séc. XVII - Parafraseando Gôngora.





A UMA CAVEIRA PINTADA EM UM PAINEL QUE FOI RETRATO



Este que vês de sombras  colorido
E invejas deu na Primavera as flores
Do pincel transformados os primores
Desengano horroso é do sentido


Idolo foi do engano pretendido
A que cega ilusão votou louvores
Estrago já do tempo, e seus rigores
O que então foi, ao que é já reduzido.


Foi  um vão artifício do cuidado
Foi luz exposta ao combater do vento
Emprego dos perigos mal guardado;


Foi nácar reduzido ao macilento
Oculto ali nos medos transformado,Mortalha a gala, a casa monumento.




SÓROR VIOLANTE DO CÉU, ORBE CELESTE 1742  - PARAFRASEANDO SOR JUANA INÉS DE LA CRUZ



                                                  AUTO-RETRATO                                         




                      Este que vês, de cores disprovido,
                      O meu retrato sem primores é
                      e dos falsos temores já despido
                      em sua luz oculta põe a fé.


                      Do oculto sentido dolorido,
                      Este que vês, lúcido espelho é
                      e do passado o grito pela mão da fé.


                     Oculto nele convertido
                     do tempo ido excusa o cruel trato
                     que o tempo em tudo apaga sentido


                     E do meu sonho transformado em acto
                     do engano do mundo já despido
                     este que vês, é o meu retrato



               ( A idade da Escrita, Lisboa, Edições Tema, 1998)



BIOGRAFIA:  Poeta, romancista, ensaísta e tradutora, Ana Hatherly iniou a carreira literária em 1958, tendo sido um dos principais elementos do grupo de poesia Experimental nos anos 60 e 70, do século XX, em Portugal. Possui várias obras publicadas, entre elas:  Um ritmo perdido, Lisboa: 1958 e A idade da Escrita, Lisboa: Tema, 1998.  É uma das mais renomadas escritora representativa da Língua Portuguesa.


Fontes:

http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/Ana_Hatherly.htm#A%20IDADE%20DA%20ESCRITA

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