VALLERIA GURGEL(MINAS GERAIS) EM ENTREVISTA AOS ALUNOS DO CIEP 121-PROF. JOADÉLIO CODEÇO-MARAMBAIA

A ESCRITORA

 VALLERIA GURGEL

                   ENTREVISTA A ESCRITORA BRASILEIRA VALLÉRIA GURGEL, AOS ALUNOS DO CIEP 121- PROFESSOR JOADÉLIO CODEÇO- MARAMBAIA-SÃO GONÇALO-RJ

1-DIANA M. DE AQUINO (TURMA: 901/2014): a)  O que levou você a ser escritora/pesquisadora?

R:  O dia em que descobri que um escritor pode ser “ Um Deus” no que diz respeito ao poder de criar, de fazer e desfazer de realizar, de sonhar e o mais incrível de tudo, entrar dentro das casas, dos corações das pessoas, despertando a criação, o sonho, a fantasia, ajudando assim a transformar o mundo e ajudar a formar opinião, mantendo e cultivando a filosofia do pensar , do imaginar dos jovens que estão chegando!

Assim, ao perceber isso não parei mais de escrever! E como separar um escritor de um pesquisador??? Eles caminham lado a lado!!!

2- ARIANE B. MOTA DA SILVA (TURMA 901): a) Como você começou a fazer poesia?

R: Na verdade eu me descobri poetisa fazendo musica!!!  Não acreditava que sabia fazer poesia!!! Ate que com  15 anos fiz minha primeira composição musical !!!E vi o tanto que era poético aquilo ali!!! “E você”; Um samba canção que me inspirei em meu primeiro namorado!!! Estava apaixonada!! Alias um poeta sem paixão não pode existir!!! Por isso vivo apaixonada!!! Assim já dizia  o nosso poetinha!!!

3- JÉSSIKA LIANDRO DE SOUZA MELO (TURMA 901):

a)Sua vida sem poesia, como seria?

R: Simplesmente não viveria!!! A poesia, a literatura, a musica e a arte num todo para mim ‘e como um coquetel contra a depressão, o desafeto, o desamor, o rancor, a solidão, a tristeza, o ‘ócio, assim... Sinto-me imunizada!!!!! Tenho uma vacina naturalíssima que não tem contra indicação, um vicio saudável que recomendo a todos e que me mantem cheia de saúde, de vida e de prazer !!!

b) Quais poesias marcaram sua vida?  Por quê?

R: As minhas??? Ou a de outros poetas???

As de Vinicius  de Moraes sempre me tocaram a alma!

“De tudo ao meu amor serei atento...”

As minhas?

“Aos passos do amor” Que nasceu poesia e cresceu musica!

4- LAYLA MATTOS DE OLIVEIRA (TURMA 901):

a)      Por que escolheu a profissão que tem?

R: Eu digo que não escolhi minha profissão!!! Minha profissão me escolheu!! ‘E bem diferente!! Um artista, um escritor, um poeta, um musico, um compositor, não consegue ser outra coisa!!! Pode tentar, mas certamente no fundo será infeliz!!!

b)      Como a música entrou em sua vida?

R: Bem... Meu pai ‘e musico. Assim nasci nesse meio! Cantando com ele junto a um pianinho de brinquedo e ele com seu violão de seresteiro! Aprendi desde menina conhecer musicas de nossos ícones da nossa musica popular brasileira! Como Ataulfo Alves, Altemar Dutra, Noel Rosa, Aracy de Almeida. Maysa. Angela Maria, Elves Presley Nat King colle, Pixinguinha, Cartola, Tom Jobim, Roberto Carlos, a Jovem guarda, Ary Barroso, Carlos Jose e  ate Vicente Celestino!!! Imagina eu tão pequenininha e ouvia meu pai a tocar e cantar tudo isso! E confesso que eu gostava!! ASSIM MEU PAI INFLUENCIOU DEMAIS MEU GOSTO MUSICAL E DE TANTO OUVIR  ESSE BANQUETE MUSICAL POR TANTOS  ANOS ACaBEI ME TORNANDO UMA COMPOSITORA ECLETICA! Que compõe de tudo! Samba, bossa, bolero, tango, baladas, marchas rancho, fox, choro, choro canção, samba enredo, pop rock, salsa, musicas para crianças, enfim.. O que a inspiração mandar!

5- LISLANE DOS SANTOS ALVES VIEIRA (TURMA 901):

a)      Sobre o que gostaria de escrever como algo novo?

R: Bem... Estou sempre com 3 ou 4 livros na cabeça!!!

Mas sempre que viajo, volto com a mente fértil para semear mais uma obra! Provavelmente escreva  outro romance histórico! Escrevi o ultimo “ Amor de um sonho real , uma historia que a Baviera não contou” que esta chegando ai da editora. Agora talvez algo sobre a Colômbia ou o México! Dois países que tive o prazer de conhecer recentemente e que muito me encantaram! Assim, campo aberto para outro livro se Deus quiser!

6- MAICON DOUGLAS C. DE MELO (TURMA 901):

a)      Quantos livros você já fez?

R: Tenho 10 livros prontos! 4 editados

b)      b) E qual de seus livros você mais gosta?  Por quê?

R: Dificil falar qual mais gosto!! Porque para mim eles são como meus filhos!!! E uma mãe, um pai não sabe diferenciar de que filho mais gosta!!! Cada um tem sua particularidade, seu talento, suas qualidades e defeitos tal qual um livro! Cada um ‘e de um jeito! Fala de um determinado assunto e tem sua trama, seus personagens, suas historias proprias!! Mas...“ Onde rolam as cascatas” devido ser meu primogênito e gerado com muita luta e dificuldade penso que marcou a minha vida!

7- MAXSUEL HENRIQUE NERI DA SILVA (TURMA 901):

a)      O que te inspira a escrever ou  fazer uma pesquisa?

b)      Tudo ao meu redor! Às vezes uma cena trágica ou uma cena paradisíaca! Uma situação feliz uma infeliz! Um lugar onde estou uma pessoa que conheço... Tudo ‘e motivo para decidir pesquisar e consequentemente escrever e dai nascer um trabalho novo! Sempre brinco com minha filha: -Isso ta me cheirando um novo conto... Ou... Isso vai dar samba!!! E ela bem sabe que assim acontece comigo!! Há quem diz isso vai terminar em pizza!! Para mim tudo termina em contos, crônicas, poemas, frases, romances e musicas!!!

b)  Para você o que é poesia?

R: ‘Eu tenho uma frase minha, que vai responder sua pergunta!

“ A poesia ‘e a oração do poeta que encanta a alma de Deus”

8- DAVISON DOS SANTOS (TURMA 901):

 a) Como você se sente quando termina de escrever uma poesia

R: Como se eu tivesse acabado de fazer xixi!! Depois de estar muito apertada para usar um banheiro!!!

b) Você já escreveu uma poesia sobre a sua família?

R: Várias!! Para meu pai, minha mae, tios, filha e esposo.,

c) Você já tentou fazer um filme com a sua poesia?

R: Fiz um roteiro de adaptação para o cinema de meu livro “ Onde rolam as cascatas”

Quem sabe ainda vaio virar um longa metragem?? Tomara!!! Esse ;e mais um dos meus audaciosos sonhos!!!

9- MATHEUS LOBO GOMES LEITE (TURMA 901):

a)      Qual foi um dos seus primeiros poemas que a senhora ficou mais emocionada?

R: O que fiz para meu pai!

10) THAMIRES SOARES DE SOUZA(TURMA 901):

 a) O que procura expressar quando escreve esses seus livros?

R: Bem... Primeiro um conhecimento. Porque jamais devemos ocupar o tempo e a mente das pessoas com coisas fúteis! Assim penso eu. Depois os meus  sentimentos embutidos ali! Em algum personagem sempre o leitor vai encontrar um pouco de mim!  Seja de melhor ou de pior de mim!!! Porque eu crio os personagens as vezes meio a minha imagem e semelhança! Mas aos poucos eles vão criando personalidades próprias e ai, eu já não mais tenho controle sobre eles ! E eles tomam posse da historia! E de suas vidas!!!

c)      Pensa em viver algo novo?

R: Sim!!! Sempre que escrevo, acabo por vivenciar junto com meus personagens o que eles vivem!! As alegrias, as tristezas, os problemas... E isso ‘e muito gratificante! Assim a cada obra é como se ganhasse uma outra vida!! Vivo varias vidas em uma so através de minhas obras e de meus personagens!

11) JULIO CESAR DA ROCHA PACHECO (TURMA 901):

a) Você era sempre determinada a conseguir o que queria?

R: sim! Sempre fui. Desde menina, com apenas  11 anos de idade, quando comecei a escrever esse livro “ Onde rolam as cascatas”  e mesmo a obra manuscrita em um caderno, eu dizia e afirmava ser uma escritora! E mesmo se duvidassem de mim ou zombassem de mim eu não ligava não! Porque sabia que meu sonho iria se concretizar!!!

b)      Alguém já zombou de você pelos seus sonhos de Escritora?

R: Demais!!! Mas eu nunca liguei nem sequer desanimei. Porque sempre tive a certeza dentro de mim que meu dia ia chegar! Como vem acontecendo. Aos poucos conquistando os leitores, os alunos, as escolas, os professores, as cidades, os países, assim caminha um livro pelo mundo e pelos séculos!!!

12- JHONNATA HENRIQUE (TURMA 901):

a)      Qual é o seu modo de mostrar o seu poema para o mundo?

R: Mostro com ternura, simplicidade e  emoção. As vezes o leio, declamo as vezes o recito, as vezes o canto as vezes conto a historia de como nasceu aquele poema, as vezes o enceno porque as vezes o próprio poema me inspira a fazer uma musica um conto uma adaptação para o teatro ... E sempre com muito amor!!!!

13- LIVIA SÁ LIMA (TURMA 901):

a)      Como você descobriu esse dom de escritor(a)?

R: Bem.... Quem descobriu foi minha mae!

Quando comecei a escrever o livro “ Onde rolam as cascatas” eu havia escrito mais de 30 folhas num  caderno e li para minha mãe! Disse a ela que era uma redação. E ela sorrindo me disse:

- Filha!!! Mas isso que esta escrevendo ‘e um livro!!!

14- NATHAN DA SILVA DOS SANTOS (TURMA 901):

a)      Qual livro mexeu mais com o seu coração?

b)      Meu???

R: Amor de um sonho real... Uma historia que a Baviera não contou.

De outro autor?

R: A Cabana

c)      Qual dos seus livros demorou mais para ser criado? Por quê?

R: O primeiro. “ Onde rolam as cascatas” Porque eu era uma menina de 11 anos! Não tinha experiência nenhuma e nem livros para pesquisas nem aceso a bibliotecas, visto que vivi em uma cidadezinha muito pobre do interior das Minas Gerais. Tampouco o Doutor Google!!! Meu pai um humilde carpinteiro e minha mãe uma dona de casa. Assim eles não podiam me passar nada além de amor e acreditar que eu era capaz! Assim foi uma aventura assim como a dos dois garotos que caíram na Foz das cataratas de Iguaçu!!!

15- IRANILSON L. G. LEITE ( TURMA 901):

a)      Qual foi a sua reação quando no início da carreira seus poemas começaram a ser reconhecido?

R: Eu me senti muito honrada e mais segura  de que estava me tornando a cada dia uma poetisa. Pois um poeta se faz a cada dia! Ele nunca esta pronto! Mas não tive esse reconhecimento no inicio de minha carreira!!!

b)      E como foi a publicação do primeiro livro?  Teve algum problema na publicação?

R: sim. Quase todo escritor tem uma trágica historia para contar de sua primeira edição! Infelizmente sempre há pessoas espertas a querer nos golpear por nossa inexperiência e desespero de ver a obra pronta! Mas não devemos desistir jamais!

16- GABRIEL DA SILVA (TURMA 901):

a)      Qual das sua obras, a senhora acha que impactou a sua vida?

R: Amor de um sonho real... Uma historia que a Baviera não contou. Porque narro a vida real de um rei que também como eu era um sonhador e um artista! Mas era perseguido e taxado de louco ate por seus familiares e amigos!!!!

17-TAUANE EMÍLIA DE SOUZA JACÓ(TURMA 901):

a)      Qual é o seu poeta preferido?

R: Mario Quintana

18- AMANDA DA SILVA FARIA (TURMA 901):

a)      Como  você  vê a Literatura no Brasil?  Por quê?

R: Rica. Fabulosa.Porque é  eclética e respeitada no mundo inteiro!

21- RHUAN NEVES DA SILVA (TURMA 902):

a)      Você gosta do lugar que escolheu para morar? Ele já lhe inspirou um poema?

R: Sim. Amo minha cidade, meu estado de  Minas Gerais, meu pais, Brasil!  Já fiz poema, musica e  diversos contos e livros  inspirada em minha terra!

b)      Qual é o nome do seu primeiro livro?  E sobre o que trata?

R: “ Onde rolam as cascatas”

Trata-se de um romance/ ficção. Que se passa dentro de um mundo grego, místico, ficticio e paradisíaco descoberto dentro/ por debaixo das Cataratas de Iguaçu no estado do Paraná  ao  sul do Brasil.

22- STEFANIE FERNANDES GUEDES (TURMA 901):

a)      Como você se sente em ser escritora?  Em coordenar edição de livros?  Ser poeta e escrever livro é muito difícil?

R: sinto-me muito feliz!  Mas ‘e uma missão. Temos que ter consciência disso. Não fazemos por dinheiro ou por interesse de virar celebridade! Um escritor raramente se tornara rico e famoso. Porque para ele o que vale ‘e a sua  obra. Vai o escritor, fica a obra. Ou seja, o escritor ‘e imortal por sua obra! E  isso não há quem pague, não tem preço!

b)      O que você pensa sobre a questão de gênero, isto é, a violência contra a mulher?

R: Um absurdo. Que em pleno século XXI ainda tenhamos que viver a discriminação racial, religiosa, sócio econômica,  de gênero e tantas outras!

23- THAIS DA SILVA (TURMA 901):

a)      Com quantos anos você escreveu o seu primeiro livro ou poema?

R: Meu primeiro livro com onze anos. Meu primeiro poema com doze. Minha primeira musica com quinze. Mas comecei a tocar um pianinho aos quatro anos e violão aos nove anos.

25- WALLACE  LUCAS DE S. FIGUEIREDO (TURMA 901):

a)      Já teve alguém que você amou muito e quis escrever sobre ele?

R:Sim! Meu tio Orane Zunzarrem. O tio que qualquer criança gostaria de ter!! E eu tive!!!

26- MATHEUS FONSECA (TURMA 607-CMIBO):

a)      A minha pergunta é, o que você pensa sobre o Feminicídio?

R:   Terrível. Trágico. Algo inadmissível!!!

b)      O que você pensa sobre os  escritores brasileiros?  Por quê?

R: Penso que os escritores brasileiros possuem uma vasta inspiração por nossa própria cultura rica e miscigenada pelos índios negros africanos e portugueses! E que isso nos levou a conquistar temas de romances conhecidos no mundo inteiro. Adaptados para o cinema o teatro, as telenovelas. Os poemas que se tornaram celebres e traduzidos para vários idiomas, assim, somos uma gama de escritores competentes e sensíveis! Uma pena que muitos so foram ou serão reconhecidos após morrerem!

c)      O que representa ou representou para a senhora participar do XI ENCONTRO DE ESCRITORAS -2014-HOMENAGEM A CECÍLIA MEIRELES, EM BRASÍLIA

R: Para mim uma oportunidade única!

Primeiro por se tratar de um encontro que homenageou nossa grande poetisa Cecilia Meirelles que tão logo a li quando menina, me encantei!

Depois por ser em Brasília a capital de nosso Brasil!

Depois a oportunidade de conhecer pessoas que jamais esquecerei como Nazareth Tunholi, Meireluce, Vanda Salles, Debora Lembi, Malu Otero, Cleia Paixão,escritoras brasileiras e  Fatima Langa e Marcia Santos  de Mocambique, Adela Figueroa, de Galicia e Luz Argentina Chiriboga, do Equador, além de  tantas outras amigas escritoras que passaram a fazer parte de minha trajetória de vida, as  queridas e estimadas amigas de profissão.

27)  VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (Professora de Língua Portuguesa e Produção Textual): Querida escritora VALÉRIA GURGEL, desde já, em nome de todo o CIEP BRIZOLÃO 121-  -MARAMBAIA-SÃO GONÇALO, o nosso agradecimento: muitíssimo OBRIGADA!

a) A pergunta é:Qual a importância da Mulher Escritora e/ou Musicista nesse Século XXI?  Por quê?

R:  A mulher escritora / musicista tem por missão:

Educar, lapidar o dom e despertar formadores de opiniões.

Dar o recado ao mundo!

Soltar o grito de liberdade!

Levantar a bandeira de paz!

Incentivar novos leitores, escritores, despertar, promover e influenciar o gosto e a aptidão musical.

Preservar e honrar a cultura e a historia de nossa nação.

Porque?

Deixo aqui mais um pensamento meu!

 A mulher tem:

No ventre o dom da vida

No seio o alimento

Nas mãos a capacidade  de  esculpir  e lapidar  o dom para  transformar o mundo!!!

Deixo aqui o meu afetuoso abraço a PROFESSORA  dessa instituição de ensino VANDA SALLES   e ao CIEP 121-  PROFESSOR JOADÉLIO CODEÇO e o  meu  agradecimento pela oportunidade de participar dessa entrevista junto aos alunos dessa escola, podendo assim contribuir um pouco com os estudos e  o interesse dos alunos em conhecer a vida, o pensamento e a obra de um escritor!!

Valleria Gurgel

Itabirito 28 de maio de 2014.

ENTREVISTA A ESCRITORA ASTRID LANDER-VENEZUELA- AOS ESTUDANTES DO CIEP 121-PROF. JOADÉLIO CODEÇO-MARAMBAIA-SÃO GONÇALO-RJ-BRASIL

I- ENTREVISTA CON escritor venezolano ASTRID LANDER , A LOS ESTUDIANTES DE CIEP 121 - PROFESOR JOADÉLIO CODECO - Marambaia - São Gonçalo -RJ

Foto: ASTRID LANDER-XI EIDE-BRASÍLIA-BRASIL

1 - DIANA M. Aquino ( CLASE: 901/2014 ): a) ¿Qué te motivó ser escritor / investigador ?

R : Siempre me gustó leer. Es el inicio por excelencia, si te gusta leer, en algún momento podrás empezar a escribir.

2 - Ariane B. MOTA DA SILVA (CLASE 901 ): a) ¿Cómo se empieza a escribir poesía?

R : Cuando empiezas a preferir lecturas de poesía, detenerte en la música de las palabras, entonces germina en ti la necesidad de escribir tú también tus propias palabras, a buscarle sonoridad a tus palabras.

3 - Jessika Liandro MELO DE SOUZA (CLASE 901) :

a) Su vida sin poesía , ¿qué te parece ?

R : No concibo mi vida sin poesía. Ni me lo imagino. Es lo que escogí vivir y es lo que vivo. En la vida nunca me planteo las cosas en negativo. Me pregunto, al contrario, cómo es mi vida con poesía, no sin poesía.

b ) ¿Qué poesía marcó su vida? ¿Por qué?

R : Empecé a leer los poetas de mi país, poetas venezolanos, y de allí, amplié mis lecturas a poetas en español, porque la poesía pide ser leída y sobre todo ser escrita en la lengua materna.

4 - LAYLA Mattos de Oliveira (CLASE 901) :

a) ¿Por qué eligió la profesión tienen?

R : Siempre mostré predilección por las humanidades más que por la ciencia, desde allí, me enfoqué en una carrera que me permitiera tener contacto con las artes, con la literatura, por eso estudié Letras.

b ) La gente te juzga por ser un poeta / escritor y / o investigador ?

R : No. Uno solo tiene que hacerle caso a uno mismo. Es la vida de uno y no ha de dejarse imponer otra vida por los demás.

5 - LISLANE DOS SANTOS ALVES VIEIRA (CLASE 901) :

a) Acerca de lo que me gustaría escribir algo nuevo?

R : No entiendo pregunta…

6 - MAICON DOUGLAS C. DE MELO (CLASE 901) :

a) ¿Cuántos libros has hecho?

R : Tengo publicados 4 poemarios. Son: “La distancia por dentro”. “Azulejos”. “Se Es”. “Buen Camino” que también tiene una edición traducida al gallego y al portugués: “Bo Camiño Bom Caminho”

b ) b ) ¿Cuál de tus libros te gusta más? ¿Por qué?

R : El poemario que más me llena es: Buen Camino. Lo escribí mientras caminé el Camino de Santiago en España. Es un camino espiritual que conmueve. Sus paisajes y la soledad en que te adentras hace que explores en tu interior, en tu alma para conocerte más a ti mismo.

7 - Maxsuel HENRY NERI DA SILVA (CLASE 901) :

a) ¿Qué te inspira a escribir o hacer una búsqueda ?

R : Parto siempre de una palabra, el gusto por una palabra, cómo suena, cómo se visualiza, la imagen que me aporta y desde allí va surgiendo el otro verso y el siguiente hasta que conforma el poema. Me inspira una idea, un sentimiento, una contemplación de la belleza, un recuerdo, y a raíz de ello, va naciendo la palabra que intente expresarlo.

b ) Por lo que es la poesía?

R : Para mí la poesía es todo y más.

8 - DAVISON DOS SANTOS (CLASE 901) :

 a) ¿Cómo te sientes cuando termines de escribir un poema

R : Curada. Porque creo que la poesía salva.

b ) ¿Alguna vez has escrito un poema sobre su familia?

R : Si, los recuerdos de mi infancia, las imágenes de mi padre que no está ya conmigo, lo que pasó y quiero rescatar a través de la palabra, de la poesía.

c ) ¿Alguna vez ha tratado de hacer una película con su poesía?

R : Si, tengo un video de 10 minutos con mis poemas. Porque me interesa la poesía visual, trasladar a imagen visual lo que la palabra me dice.

9 - MATHEUS WOLF GOMES DAIRY (CLASE 901) :

a) ¿Cuál fue uno de sus primeros poemas a esa señora estaba más emocionado ?

R : No entiendo pregunta…

10 ) Thamires SOARES DE SOUZA (CLASE 901) :

 a) ¿Qué busca cuando usted expresa sus escrituras estos libros?

R : Busco primero expresarme y espero que el lector también sienta su reflejo.

b) Piensa en algo nuevo para vivir?

R : Todas las mañanas son nuevas y me animan a la vida.

11 ) JULIO CESAR PACHECO ROCA (CLASE 901) :

a) Siempre se estaba esforzando en conseguir lo que quería ?

R : Todo lo que realmente desees, ten por seguro que se te va a cumplir. Con constancia, con esfuerzo, con seguimiento de tus deseos, tus planes, se te va a dar.

b ) ¿Alguien ha burlado de ti por sus sueños escritor ?

R : No. No me rodeo de personas que no me convienen ni son negativas.

12 - JHONNATA HENRY (CLASE 901) :

a) ¿Cuál es su forma de mostrar su poema para el mundo?

R : Con amor.

13 - LIVIA SA LIMA (CLASE 901) :

a) ¿Cómo descubriste este regalo como escritor ( a) ?

R : Cuando entré a estudiar Letras en la Universidad, me di cuenta que tenía la facultad de escribir y sobre todo que me gusta hacerlo.

14 - NATHAN DA SILVA SANTOS (CLASE 901) :

a) ¿Qué libro se movió más con el corazón?

R : El Principito es uno de mis libros de cabecera.

b ) ¿Cuál de sus libros tomaron más tiempo para hacer ?

R : Todo libro tiene su tiempo de duración. No es bueno apurar nada en la vida. Tomarse el tiempo para que las cosas salgan bien.

15 - IRANILSON L. G. LECHE (CLASE 901) :

a) ¿Cuál fue tu reacción cuando al principio de su carrera sus poemas comenzaron a ser reconocidos ?

R : Tuve la suerte de que mi primer libro ganó un premio en mi país, y la publicación vino con el premio.

b ) ¿Cómo fue la publicación del primer libro ? Tenía problemas en la publicación ?

R : Mi primer poemario titulado La distancia por dentro fue publicado en el año 1994, por un premio de poesía que gané con este primer libro. Luego, el segundo libro que escribí, también ganó un premio, en el año 1997. Esto me dio respaldo.

16 - GABRIEL DA SILVA (CLASE 901) :

a) ¿Cuál de sus obras , ¿cree que impactó su vida?

R : Buen Camino es el poemario que más me satisface, es el más reciente que he publicado, (creo que a uno siempre le gusta lo más reciente).

17 - TAUANE EMÍLIA JACOB DE SOUZA (CLASE 901) :

a) ¿Cuál es su poeta favorito ?

R : Tengo varios poetas favoritos, te nombro algunos: Eugenio Montejo, Rafael Cadenas, Eleazar León, son poetas de mi país. De Brasil me gusta la literatura de: Antonio Miranda, Ledo Ivo, Manuel Bandeira, a los que he leído en español y los he cotejado en portugués, que aunque no sé el idioma, veo las palabras, siento su sonoridad.

18 - AMANDA DO DA SILVA (CLASE 901) :

a) ¿Cómo ve la literatura en su país? ¿Por qué?

R : La poesía en mi país está representada por poetas de gran calibre.

21 - RHUAN DA SILVA NEVES (CLASE 902) :

a) ¿Le gusta el lugar que eligió para vivir? Él ha inspirado un poema para ella?

R : Vivo en Caracas, la capital de Venezuela. Esta ciudad tiene la topografía de un valle rodeado de una montaña llamada Ávila. Es nuestra vista constante y nos regala todos los días sus colores y su belleza, es inevitable escribirle a esta montaña.

b ) ¿Cuál es el nombre de su primer libro ? ¿Y qué pasa ?

R : Mi primer poemario se llama La Distancia por dentro. Fue un primer libro donde registro los primeros sentimientos, los primeros dolores y los primeros recuerdos.

22 - STEFANIE GUEDES FERNANDES (CLASE 901) :

a) ¿Cómo te sientes acerca de ser un escritor? Coordinar editor de libros ? Ser un poeta y escribir el libro es demasiado difícil ?

R : Cuando uno se dedica a algo, si verdaderamente te gusta, si te apasiona, no es difícil, al contrario se hace llevadero.

b ) ¿Qué piensa usted acerca de la cuestión de género , es decir , la violencia contra las mujeres?

R : No ha de existir. No se debe permitir. No solo el hombre no ha de pegar ni violentar contra una mujer, la mujer tampoco debe permitirlo. Si la mujer es víctima de la violencia, desde la primera vez que sufrió el ataque, desde ese mismo momento ha de dejar a ese hombre que la lastimó. Ipso facto.

23 - THAIS DA SILVA (CLASE 901) :

a) ¿Qué edad tenía usted escribió su primer libro o un poema ?

R : 25 años.

25 - LUCAS DE WALLACE S. Figueiredo (CLASE 901) :

a) ¿Ha tenido alguien que amaste mucho y quería escribir sobre ello ?

R : Uno siempre tiene un amor y claro, sale, se escribe sobre ello, se poetiza.

26 - MATHEUS FONSECA (CLASS 607- CMIBO ) :

a) Mi pregunta es, ¿qué piensa usted acerca de femicidio ?

R : no entiendo pregunta

b ) ¿Qué piensa usted acerca de los escritores brasileños ? ¿Por qué?

R : Quisiera leer más de los escritores brasileños. Es una pena que pese a que somos países vecinos no estamos tan comunicados como debiéramos. Sin embargo, leo a Antonio Miranda, a Ledo Ivo. Y procuro leerlo en su idioma original, en portugués, que aunque no lo domino, lo hago para apreciar la sonoridad, el ritmo, y me apoyo con la versión en español para captar la idea del poema que leo.

c) ¿Qué se representa para la señora o participar en la XI REUNIÓN DE ESCRITORES -2014- HOMENAJE A Cecília Meireles , EN BRASILIA

R : Fue un honor participar en este Encontro. Tener la oportunidad de conocer a las escritoras brasileñas que estaban presentes, conocer a Wanda Salles, escuchar su palestra sobre la poesía de la música brasileña. Compartir conocimientos y sensibilidades enriquece para el próximo poemario que se escriba.

 Muchas Gracias, Poeta!

ENTREVISTA A POETA MARANHENSE DILERCY ADLER AOS ALUNOS DO CIEP 121- PROFESSOR JOADÉLIO CODEÇO- MARAMBAIA-SÃO GONÇALO-RJ

Foto: A poeta Dilercy Adler e netinho

ENTREVISTA A POETA MARANHENSE DILERCY ADLER AOS ALUNOS DO CIEP 121- PROFESSOR JOADÉLIO CODEÇO- MARAMBAIA-SÃO GONÇALO-RJ

1-DIANA M. DE AQUINO (TURMA: 801): a)  O que levou você a ser poeta?

R:A vida, as pessoas, o mundo, tudo que me rodeia e me inspira, me inquieta, me seduz... veja a seguir o que diz essa minha poesia:

POEMA
Dilercy  Adler

No frio e pálido papel
eu me debruço
debulho irrefutavelmente tantos prantos
                                        quanto me custa!

degusto prazerosamente
todos os sabores
que me devassam e afloram
corpo e mente
                     quantos  licores!

 e o papel se enche
transborda vida!...

2- ARIANE B. MOTA DA SILVA (TURMA 801): a) Como você começou a fazer poesia?

R: Desde pequena, mas os primeiros escritos eu não guardava. Na adolescência fiz um caderno de poesia e só aos 41 anos a minha primeira publicação: Crônicas & Poemas Róseos-Gris”, em 1991, São Luís/MA.

3- JÉSSIKA LIANDRO DE SOUZA MELO (TURMA 801): Sua vida sem poesia, como seria?

R: Uma poesia!! A vida de todos nós é poesia!

VI(VENDO) ETERNA(MENTE)

                                    Dilercy  Adler

Se não escreveste um livro

registraste na memória de muita gente

fatos

histórias

conceitos inestimáveis

que foram muito bem assimilados

e serão repassados

para outras gerações

para todo o sempre!

 se não plantaste uma árvore

espalhastes sementes

de ideias

de luzes

que brotam e brotarão frutos vivos

 e férteis na terra!...

se não tiveste um filho

pariste estrelas

luas

mares

adotaste toda a humanidade

em todos os gestos sensíveis

de solidariedade!...

 se não fizeste poesias

contemplaste todos os pores - de- sol

 todas as luas cheias e minguantes

 todas as marés vazantes

que tua vida terrena te permitiu

marcando o teu existir

com traços indeléveis

de amor e de vida que jamais...

b) Quais poesias marcaram sua vida?  Por quê?

R: Não existe uma específica... Eu diria que todas marcaram a minha vida. De fato, a minha vida e a vida das pessoas é que marcam as minhas poesias. Todos os meus livros tem um tema como pano de fundo. Por exemplo: o tema mulher, o envelhecer, o cotidiano, etc.

4- LAYLA MATTOS DE OLIVEIRA (TURMA 801):

 a) Por que escolheu a profissão que tem?

R:1-Eu sou Psicóloga : gosto de buscar entender as pessoas. As relações interpessoais são muito complexas e isso me instiga a estudar e pesquisar;

      2-  Sou também professora: busco mediar conhecimento, cultura, para as pessoas se aprimorarem;

  3-Sou poeta: procuro registrar as dores e os prazeres do mundo humano e do ser humano

INSONDAVELMENTE SENDO
Dilercy  Adler

Conhecer-me como é possível?
se eu mesma
me debato
e desabo toda
se sou arrebatada
e me arrebento inteira
entre dúvidas
desatinos
e "certezas" questionáveis
que me amordaçam
me violentam
me dividem!
conhecer-te
mais difícil ainda ...
eis a insondabilidade do ser humano!
 
b) As pessoas te julgam por ser poeta?

R: Acredito que não. Não sei!... E o que importa é semear boas ideias:

SEME(ANDO)

        Dilercy  Adler

Lavra na terra o sulco da vida
 lavra ideias
lava a “culpa” e o “pecado do mundo”
limpa com ideias
revolve o sumo do inominável
com tuas ideias!  

5- LISLANE DOS SANTOS ALVES VIEIRA (TURMA 801):

 a) Sobre o que gostaria de escrever como algo novo?

R:Qualquer coisa! Pode até ser sobre algo bem familiar ou inusitado. A condição da novidade é dada pelo olhar de quem vê... pelo estado da sua alma, pela sua sensibilidade...

POESIA

Dilercy  Adler

Eu te capto

entre os espigões de concreto

que se afogam

no mar morto do asfalto

eu te vejo

 mesmo na solidão do eco

do salto alto nervoso

apressado

eu te acho

no poço escuro sombrio

do elevador

lento e inabalável

eu só me calo

quando me falas

eu sempre grito

 as tuas dores

mas também digo

os teus prazeres

e ainda bendigo

por me fazeres teu instrumento!

Ou ainda

EU E A POESIA
Dilercy  Adler

Vejo a poesia
no infeliz
que chora...
vejo poesia
na "felicidade de outrora!"

vejo poesia
na elegância
do manequim...
vejo poesia
no palhaço
que desengonça
perto de mim...

vejo poesia
na natureza
vejo poesia
até na minha desgraça
e também na alheia...

vejo poesia em você
vejo poesia em mim 
vejo poesia no tudo
e no nada
sou a própria poesia
personificada! 

6- MAICON DOUGLAS C. DE MELO (TURMA 801):

 a) Quantos livros você já fez? Veja abaixo:.

R; Livros Acadêmicos publicados:

 ALFABETIZAÇÃO & POBREZA: A escola comunitária e suas implicações. São Luís-MA: Estação Produções/2002.

CARL ROGERS NO MARANHÃO: Ensaios Centrados (org.) - São Luís/MA: Estação Produções 2003.

TRATAMIENTO PEDAGÓGICO DE LOS VALORES MORALES: de la comprensión teórica a la práctica consciente -São Luís/MA: Estação Produções,  2005 (1º lançamento em Havana/Cuba).

Publicações Literárias (Livros): “Crônicas & Poemas Róseos-Gris”, em 1991, São Luís/MA; ”Poematizando o Cotidiano ou Pegadas do Imaginário”, em 1997, Rio de Janeiro/RJ; “Arte Despida”, São Luís/MA, 1999; “Genesis-IV Livro”, São Luís/MA, 2000; “Cinquenta vezes Dois Mil human(as) idade(s)”; São Luís/MA, 2000 “Seme...ando dez anos”, São Luís/MA, 2001; “Joana Aragão Adler: uma história de amor e de fé...uma história sem fim...”, São Luís/MA, 2005; “Desabafos... flores de plástico... libidos e licores liquidificados”, em 2008, São Luís/MA; “Uma história de Céu e estrelas”, São Luís/MA, 2010; “Poesia feminina: estranha arte de parir palavras, São Luís/MA, 2010”.  TINKUY, Lima –Peru, 2012.

É organizadora da Exposição (poesia e fotografia-100 poemas-posters de 61 poetas maranhenses) e Livro “Circuito de Poesia Maranhense” (1995/1996);

Organização de Coletâneas Poéticas: “LATINIDADE-I, LATINIDADE-II, LATINIDADE III e IV da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, (1998/2000/2002/2004) “Mil poemas para Gonçalves Dias” e “Sobre Gonçalves Dias” (2013).

b) E qual de seus livros você mais gosta?  Por que?

R;Todos. Mas tenho um carinho especial pelo livro sobre a vida da minha mãe: “Joana Aragão Adler: uma história de amor e de fé...uma história sem fim...” e o de história infantil: “Uma história de Céu e estrelas”, que fiz com os meus dois netos mais velhos: Daniel Victor e João Marcelo.

7- KARINE DE SOUZA E. DA COSTA (TURMA 801):

a) O que você acha dos poetas do Brasil?

R: Temos muitos poetas muito bons, excelentes, o brasileiro tem sensibilidade aguçada. E teríamos mais poetas se a nossa educação oferecesse condições facilitadoras para a criação. A matéria prima da poesia está aí... aqui...ali, em todo lugar.

8- MAXSUEL HENRIQUE NERI DA SILVA (TURMA 801):

a) O que te inspira a fazer poesia?

R: Tudo! A vida, as pessoas, o mundo, tudo que me rodeia e me inspira, me inquieta, me seduz..

b)  Para você o que é poesia?

R: A vida, A vida, as pessoas, o mundo...

9- DAVISON DOS SANTOS (TURMA 801):

 a) Como você se sente quando termina de escrever uma poesia?

R: Leve!Livre! Liberta!!!

LIBERTAÇÃO

    Dilercy Adler

Aprisiono o verbo

       devoro a “carne”

   –pecado humano-

  cerne do desejo

          tresloucado

     do fruto proibido

    insaciavelmente

                  insano!...

aprisiono a dor

     em amargas palavras

               algemadas

        –cárcere privado-

                   esvaziada

         da linguagem erótica ...

                recrio liturgias

                  procissões

              santos e rezas

      que se pretendem assépticos

   e no entanto

              mostram-se

                    contagiam

                          com os seus próprios

                                       venenos

                     exoticamente tóxicos!

aprisiono o amor

         no papel A4

                       que jaz

               na impressora

            do meu computador

                   e digito

                       tácita

           e indolentemente

              cada letra

                     cada sílaba

                            cada sentença

                                 cada cicatriz intensa

                                       da vida

                                    que se expõe

                                           e

                                 ao se mostrar

                            completamente nua

                             sem qualquer reserva

                               se ergue

                                   se levanta

                                       alça vôo

                                           ...se liberta...

                                                  e

                                    me liberta também!!!

b) Você já escreveu uma poesia sobre a sua família?

R:Sim. Todas as minhas filhas, todos os meus netos, meu pai, minha mães, têm poesias e/ou acrósticos. Abaixo duas delas

A MÃO, O BERÇO, O MUNDO

                     A Joana Adler, minha mãe

Dilercy  Adler 

“A mão que embala o berço

é a mão que rege

os caminhos do mundo”

 

quisera que mais mãos

como as tuas houvesse

mãos que nos conduziram com amor

mãos que sempre buscaram relações verdadeiras

mãos tão amigas tão companheiras

que nos valeram sempre nos momentos de dor!

 

quisera que mais mãos

 como as tuas houvesse

mais companheirismo

mais benignidade

 mais justiça e igualdade

 existiriam neste mundo

de tão pouca magnanimidade...

 

“A mão que embala o berço

é a mão que rege

os caminhos do mundo”

 

 

Obrigada mãe por tuas mãos tão sábias

obrigada mãe por teu querer

teu apreço

obrigada mãe  - a ti-

por embalares nossos berços

 obrigada mãe

por teu existir!

 

In: Cinquenta vezes dois mil - humana(s) idade(s) ( 2000, pp. 29-30)

 

VINTE E SETE DE JANEIRO

(para Milena, minha filha e à memória de Francisco Adler,  meu pai )

                                             Dilercy  Adler

Esta é uma data

difícil de dizer

difícil de saber

difícil de viver

e entrever  emoções...

inspira alegria

força que magnetiza

energiza a vida!

 

 inspira saudade

dor que vem da morte

separação de vidas...

 ...o corte! ...

 

inspira amores

 tenros incensos

suspiros de flores campestres

regadas  à chuva de inverno

que sempiterno

dá brotos

dá vida!...

 

inspira cores serenas

opacas estrelas sem brilho

que também brilham distantes

como o cheiro da alfazema

que intenso traz à memória

o feno e a estrebaria

da doce vida do campo...

 

 traz a gélida neblina

vívida na solidão do sonho

traz o inaudível silêncio forte

que vivifica a morte               

 

mas nem sempre foi assim...

 

 ela nasceu um dia

naquele seu aniversário

no qual sol e alegria

maravilhosamente se mesclavam

no qual torpor e magia

contagiavam a vida

muita vida reunida

festa dupla!

 

hoje

 metade é saudade

ele se foi mansamente

ela ficou linda e meiga

exuberante!

 

mas esta data é dos dois

dele e dela

avô e neta

hoje distantes

um do outro

em dois etéreos planeta

e o que fica de eterno

é o elo dourado de vidas

vidas querida

nascidas no mesmo dia!

In: Poematizando o cotidiano ou Pegadas do imaginário ( 1997, pp. 57-58)

 

c) Você já tentou fazer um filme com a sua poesia?

R: Ainda não.

10- MATHEUS LOBO GOMES LEITE (TURMA 801): a) Qual foi um dos seus primeiros poemas que a senhora ficou mais emocionada?

R:É difícil dizer. Mas no meu primeiro livro sobre a mulher tem um que eu gosto muito:

ESPAÇO FEMININO

                Dilercy Adler

Espaço mulher

mulher no espaço

espaçonave espaço cósmico

       cômico espaço...

                          inusitado

das normas

            do corpo

                    do sexo

                 do leite materno

que eterno sangra

do peito

a jorrar a boca a dentro

do homem

b) Qual a importância de ser um poeta?

R: Buscar repostas do mundo humano, buscar compreender os prazeres e as dores do ser humano...  de forma leve... Veja a seguir:

DIFÍCIL VERDADE
Dilercy Adler

Haverá talvez verdades
que fiquem além da linguagem
o que nos faz
seres solitários!

faço esforço sobre-humano
para dizer o que sinto...
...e nem sempre consigo!

faço esforço incrível
para viver o que penso...
...nem sempre é possível!

faço esforço tamanho
para tornar-me clara
e facilmente interpretada
...mas muitas vezes
me flagro diferente
na percepção do outro!

são essas verdades além da palavra
do gesto da expressão
essas verdades não ditas
que nos condenam  a essa insólita
solidão!

 ADLER, 1991, p.103)

11) THAMIRES SOARES DE SOUZA(TURMA 801):

 a) O que procura expressar quando escreve esses seus livros?

R: A vida, as pessoas, as dores e os prazeres humanos.

b) Pensa em viver algo novo?

R: Claro!! A vida é novidade sempre... quer queiramos ou não!! O que acontece é que algumas pessoas se fecham às novidades!!!

12) JULIO CESAR DA ROCHA PACHECO (TURMA 801):

a) Você era sempre determinada a conseguir o que queria?

R: Sim! Sempre fui atrás dos meus sonhos e realizei muitos deles!

b) O que é dar aulas de Graduação e Pós-Graduação?

R: É mediar a construção da criação do conhecimento, como em qualquer grau de ensino.

c) Alguém já zombou de você pelos seus sonhos?

R: Não!Se o fez não percebi... talvez não me interesse!!!

13- JHONNATA HENRIQUE (TURMA 801):

 a) Como você conseguiu ter várias profissões?

R: É que temos várias vocações e eu privilegiei algumas delas, mas em alguns momentos da minha vida, uma ou outra se impunha mais.

b) Qual é o seu modo de mostrar o seu poema para o mundo?

R: Divulgação comum: lançamentos (presencial) pela internet que hoje é uma ferramenta fabulosa!!!

14- LIVIA SÁ LIMA (TURMA 901): a) Como você descobriu esse dom de escritor(a)?

R:Deixei fluir  (minhas condições subjetivas ) e tive as condições materiais necessárias (pessoas, contatos, condições objetivas) e as aproveitei, não deixei passar...

ALMA DE POETA I

Dilercy Adler

Que alma é essa

que habita o meu o corpo

irrequieta aventureira

... como contê-la?

que alma é essa

estranha ao meu corpo

que entranha insinuante

inconformada

com toda essa realidade

reprimidamente

“bem comportada”?

que alma é essa

tão infatigável

apaixonadamente volúvel

que habita um corpo de poeta

- o meu corpo –

de vida tão curta

tão previsível

tão limitada!

ALMA DE POETA II

Dilercy Adler

Alma poeta

lapida espinhos

lustra cascalhos

esgrima lágrimas

- tão sentidas

quanto humanas –

e chora poemas

em temas e temas

e teimas incontidas

do mais puro amor!

15- NATHAN DA SILVA DOS SANTOS (TURMA 901):

a)      Qual livro mexeu mais com o seu coração?

R:O da minha mãe e o que eu fiz com os meus dois netos mais velhos (tenho sete)

b) Qual dos seus livros demorou mais para se fazer?

R: Eles todos duraram um tempo médio. Antes de publicar o primeiro livro de poesia eu já tinha 4  (quatro) livros prontos e tive que escolher o primeiro, o  que foi uma difícil escolha , mas terminei me decidindo por aquele cujo tema é “o feminino... o feminino em todos os seus modos de ser mulher”

16- IRANILSON L. G. LEITE ( TURMA 901): a) Qual foi a sua reação quando no início da carreira seus poemas começaram a ser reconhecido?

R: É muito gratificante!! É sensacional quando aquilo que você faz com toda dedicação e cuidadoé valorizado pelo seu coletivo. O contrário é muito desalentador!!!

b) E como foi a publicação do primeiro livro?  Teve algum problema na publicação?

R: Tenho um irmão que é empresário, Carlos Alberto e ele me presenteou com a publicação do meu primeiro livro. E a partir desse livro entrei em contato com outros poetas e fui me entusiasmando para publicar mais e mais... Ele (o meu irmão) foi muito importante na minha vida literária, porque sem sabermos (ele e eu) naquele momento eu estava rompendo barreiras, vencendo o medo  e buscando socializar o meu trabalho, entrando em contato com o mundo da produção. O que a gente não divulga, não registra, em palavras e imagens se perde e isso é muito triste e empobrecedor para o coletivo humano.

O lançamento do primeiro livro teve a participação de uma artista plástica que só pintava mulheres (na época), então pedi que ela escolhesse algumas poesias para pintar telas dessas poesias escolhidas. E ficou lindo! Fizemos juntas o lançamento e a exposição das telas, telas lindas e todas elas tinham os nomes das poesias. E uma delas tinha o meu nome: “DILERCYANDO-SE “

Em retribuição  fiz uma poesia para ela (também publicada no livro). O nome dela é Marlene Barros e veja a poesia a seguir:

MARLENES

(ela me pôs em tela

aqui a ponho em versos)

Dilercy Adler

A mulher é linda

seja ela branca

negra amarela

ou índia!

lá estão elas

nas telas

em rostos ou pernas

vestidas ou não

belas mulheres

diafanamente belas

traçadas com encanto

e talento

uma a uma

todas elas

pintadas por ela

tão somente ela

MARLENE

linda mulher

que perene

se faz em telas!

17- GABRIEL DA SILVA (TURMA 901):

  a) Qual das sua obras, a senhora acha que impactou a sua vida?

R:Todas! São como filhos e todos são importantes e muito amados e amadas.

18-TAUANE EMÍLIA DE SOUZA JACÓ(TURMA 802):

a) Qual é o seu poeta preferido?

R: São vários, não dá para nomear. Mas recentemente fizemos uma grande obra homenageando Gonçalves Dias, a qual tem a participação da professora de vocês e o nosso contato começou nesse evento.

19- CARLOS ALEXANDRE DA S. B. GARCIA (TURMA 802):

a)  O que você acha da Educação Brasileira?  O que você aconselharia a Secretaria de Educação para melhorá-la?

R:Não se pode negar que mais pessoas hoje têm acesso à educação escolarizada, mas é necessário trabalhar pela qualidade desse ensino. Além disso, mesmo o quantitativo ainda não é suficiente para atender à demanda. As Secretarias de Educação sabem o que fazer... O que falta é vontade política do nosso governo, em todas as esferas, para implementação das estratégias necessárias e adequadas à cada situação e contexto.

20- AMANDA DA SILVA FARIA (TURMA 802):

 a) O que você acha de seu Estado? 

R; É um Estado grande territorialmente falando, rico de bens naturais e de pessoas com potencial para a produção em todas as áreas tanto de mercado como do saber, mas em contrapartida os políticos que o governaram até hoje pensaram mais nos seus próprios  interesses  do que no interesse público, do coletivo.

21- RHUAN NEVES DA SILVA (TURMA 802):

a) Você gosta do lugar que escolheu para morar? Ele já lhe inspirou um poema?

R: Sim tenho um poema recente do lugar que vivo (na praia) há 4 (quatro) anos. Mas tenho outro (do apto que eu vivia anteriormente) que começo assim:” Da janela do meu apartamento.... A poesia do apartamento atual é a que segue:

SOLIDÃO CARTÃO POSTAL

Eu vivo num cartão postal

      de marés

          de luas

             de palmas ao vento!...

eu vivo num cartão postal

    de areias

        de ventos

           que carregam dunas

   em seus braços

para espaços inimagináveis!...

eu vivo num cartão postal

             de paz

                 de amor

                    de    muita solidão

                           doce solidão !...

 se alguém chega

      querendo entrar

o cartão postal se desfaz

        e não  me deixa ficar!...

22- STEPHANY C. DOS SANTOS (TURMA 802):

 a) Qual é o nome do seu primeiro livro?  E sobre o que trata?

R: O meu primeiro livro é o “Crônicas & Poemas Róseos-Gris”, em 1991, São Luís/MA. Trata do jeito feminino de ser. Mas ao falar da mulher necessariamente fala-se do homem também. E o nome se inspira nas cores: Azul e Rosa (masculino e feminino, respectivamente) e a proposta é uma única cor simbolizando o respeito à condição humana de todos independente do gênero.

23- STEFANIE FERNANDES GUEDES (TURMA 802): a) Como você se sente em ser escritora?  Em coordenar edição de livros?  Ser poeta e escrever livro é muito difícil?

R: Um ser comum... uma mulher comum... Diz Maslow, psicólogo: as pessoas consideradas extraordinárias, na realidade são pessoas comuns, é que delas nada foi tirado. O importante não é ser extraordinário é procurar ser pleno!

POETA MULHER

Dilercy Adler

Não sou um gênio do século

não sou o salvador do universo

não sou a virgem imaculada

nem sou tampouco o diabo perverso...

não sou o amor do avesso

nem sou o ódio tresloucado

não sou o melhor

nem o pior...

sou uma poeta mulher

que escreve prantos em rimas

e derrama poetas de amor

pelo planeta!...

24- THAIS DA SILVA (TURMA 802):

a) Com quantos anos você escreveu o seu primeiro livro ou poema?

R: O primeiro poema, não sei dizer... não lembro..., mas o período foi adolescência...

 O primeiro livro: quando tinha  41 anos fiz a minha primeira publicação.

25- WALLACE  LUCAS DE S. FIGUEIREDO (TURMA 802): 

a) Já teve alguém que você amou muito e quis escrever sobre ele?

R: Sim. Todas as minhas filhas e netos tem acróstico e alguns poesias, a minha mãe meu pai também e alguns parceiros românticos também ganharam poesias.

26- MATHEUS FONSECA (TURMA 607-CMIBO): a)  Gostei muito do poema “ Meu Cálice”, ele é muito bom, e fez a aula ficar muito boa: a minha pergunta é, o que você pensa sobre o Feminicídio? 

R: Sou a favor da VIDA em todos os sentidos... VIDA PLENA!...Vida física, vida material, vida política, vida amorosa, vida sexual de todos os seres humanos, independente de gênero!!

b) O que você pensa sobre a mulher brasileira?  Por quê?

R:Dizem que a mulher brasileira é muito bonita, de fato é elegante. E também é inteligente, participativa e a mulher tem buscado ocupar o seu espaço na nossa sociedade brasileira.

Meu Agradecimento

Obrigada pela entrevista, por oportunizarem a mim, este contato com vocês e por me fazerem lembrar, buscar, organizar coisas sobre mim, que sem essas “provocações” de vocês eu não o teria feito neste momento.

Quero agradecer à professora Vanda Salles, por me incluir entre as autoras pesquisadas, o que muito me honra e parabenizá-la também, pela brilhante e necessária iniciativa de incentivar a pesquisa e a construção do conhecimento na sala de aula de forma prazerosa e eficaz e, quero ainda, oferecer a todos a poesia a seguir, como forma estímulo à resistência ao medo e à dor e fazer valer a fé, a esperança e o amor!

RESISTÊNCIA

Dilercy  Adler

O silêncio do cosmos

me apavora!

a solidão da nova era

me desespera!

a impossibilidade

de tanto amor profícuo

me deplora!

a renúncia

à revolução necessária

me deprime!

o júbilo

da felicidade desejada

ainda espero

a fé nos homens

ainda persiste

o amor à vida

ainda vive

a esperança

ainda resiste ...

                 ... O NOSSO AGRADECIMENTO, Ó POETA!!!